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A demagogia e suas conseqüências trágicas
Eu não quero ser um escritor para escrever coisas com objetivos de tentar fazer com que as pessoas pensem exatamente igual a mim. Sentir-me-ia presunçoso, estúpido e até ridículo, posto que ninguém tem o direito de violar a consciência dos outros. Acho terrível quando políticos de esquerda, de direita ou seja de que lado for fazem seus discursos querendo fazer as pessoas se convencerem de que as suas ideologias partidárias são verdadeiras, perfeitas e maravilhosas, quando todo mundo sabe que os seus comportamentos, na prática, nada tem a ver com as teorias pregadas. O mesmo ocorre com discursos religiosos, invariavelmente carregados de hipocrisias, utilizando-se inclusive do nome de Jesus, porém carregando conteúdos absolutamente contraditórios a essência do que ele propôs. Não... nada de estar aqui colocando “verdades” para que os outros as absorvam como trilhas a serem seguidas; o que quero é apenas utilizar-me de algo que aprendi, por força de profissão, que é a lógica, para que o leitor raciocine e tire as conclusões com sua própria cabeça e não com a do escritor, a fim de que a sua convicção sobre o assunto seja a mais sólida possível. Eu sei que raciocinar não é coisa pra qualquer um, aplicar lógica em todas as procuras por conclusões e decisões não é algo que se pode esperar da maioria, razão pela qual os segmentos dominantes, principalmente os políticos, também os religiosos, fazem o que querem, seguros de que lidar com ignorantes e atrofiados mentais é um bom negócio. Vamos colocar a coisa aqui, matematicamente, já que a demonstração numérica não tem como ser contestada: Dividamos o povo brasileiro em três classes, apenas: Alta, Média e Baixa. Vou distribuir essas classes em percentuais, sem preocupação de números exatos, porque, para o entendimento da linha de raciocínio, não há necessidade de exatidão.
Números apenas didáticos, embora próximos da realidade
Não quero que entendam esse “baixa” aí como termo pejorativo, de forma alguma, apenas entendam que o baixa significa baixa escolaridade, baixa renda, baixo nível cultural, baixo interesse pela informação, etc... Pois bem: O que é que elege políticos? É a quantidade, não é verdade? Não existe média ponderada. O voto de um analfabeto tem exatamente o mesmo peso de uma pessoa possuidora de doutorado ou um cidadão que tem capacidade de analisar o caráter do político, em condições de avaliar se ele é verdadeiro ou enganador. Daí se conclui que o que importa é apenas e somente a quantidade, sem a menor preocupação com qualidade. Qual a conclusão, então? Investir no segmento que representa a maior quantidade. Que segmento seria esse? O segmento da chamada classe baixa. Mas... que investimento seria esse? Investir honestamente naquilo que ele realmente precisa, na formação de uma base sólida para que ele tenha estrutura para o seu crescimento e da sua família, sem precisar de muleta nenhuma e nem estar se escorando em ninguém? Não, nada disto. Honestidade não é relevante, em política. Formar base sólida requer proposta de educação, de conscientização e de reforma íntima a longo prazo, e classe baixa, em sua maioria, por sua própria condição de baixa, não consegue ter visão profunda a fim de enxergar futuro nenhum, já que quer é o hoje e o agora. Vamos fazer o quê? Forçar a barra e usar de energia para ele entender que o importante é pensar em base sólida e em futuro? Que nada. Se alguém insistir nisto, para essa figura chamada “povo”, ele terminará ficando com raiva, já que quer é o benefício agora, já. Então o político, que não é besta e quer o seu voto também agora, utiliza-se de opções para lhe dar o benefício que ele quer, agora. Dane-se a estrutura da sua família, dane-se o futuro. É algo como aquela idéia equivocada da prática da Caridade, quando muitas pessoas entendem que fazer a caridade resume-se em dar sopa para pobres. Qualquer pessoa que raciocina sabe muito bem que aquela sopa fará efeito apenas por umas seis, oito ou dez horas, no máximo, já que, depois desse tempo, a pessoa estará com fome, novamente. Caridade é uma coisa que não deve, nunca, ser confundida com esmola. Só que o povo não tem discernimento para entender isto. É exatamente em cima dessa falta de discernimento popular que os políticos se pegam.
- “Eu boto um asfaltozinho ou um calçamentozinho vagabundo na rua dele, que dura apenas um ano, que é o tempo que tenho para ele convencer a todos os moradores que eu sou o salvador do bairro, pego os votos e me elejo. Depois, quando o serviço mal feito se deteriorar e os buracos começarem a aparecer, aí eu já to eleito mesmo, já fiz todos os meus conchavos e tirei minhas vantagens, dane-se o idiota. Se vierem me cobrar, eu enrolo, boto assessores para atender, para dar desculpas e, já que é classe baixa, engole tudo e até vota em mim de novo”.
É assim que funciona a política. Então você entende porque os políticos fazem tanta questão de dizer que estão ao lado do povo e adora dar esmolas para o povo, nesse segmento chamado classe baixa. Afinal, ele representaria, conforme o meu exemplo, 60%. Mas, e a classe alta? Embora seja a minoria, ela também tem que merecer atenção especial dos políticos, porque é através dela que o safado consegue o dinheiro, chamado “fundo de campanha”, para fazer toda a demagoga divulgação, para se eleger ou reeleger. Mas toda classe alta está inserida nisto? Não, apenas o segmento que se tornou rico, à custa da corrupção, das jogadas, das safadezas e das imoralidades da convivência com os políticos e seus partidos. São aqueles pilantras que querem continuar sendo fornecedores de alguns órgãos governamentais, sendo isentados de impostos e tributações, recebem recursos do BNDES, facilidades nas liberações de FINAMES e outros recursos, chamados “filés”, por parte dos bancos, e por aí vai. É por isto que as operadoras de telefonia fazem o que querem, os bancos fazem o que querem e todos os poderosos, economicamente, fazem o que querem.
Os “favores” prestados aos pobres
Assistimos a recente tragédia ocorrida em Niterói, que vitimou centenas de pessoas. De quem foi a responsabilidade? De políticos inescrupulosos que, sob a argumentação demagoga de que todo mundo tem direito de morar onde quiser, vai liberando, liberando e liberando, sem qualquer escrúpulo. Engenheiros e Geólogos alertaram, avisaram e até insistiram que a instalação de moradias naquele local não dava segurança a ninguém e, mais cedo ou mais tarde, conseqüências danosas aconteceriam. Não deu outra coisa. Mas o que se passava na cabeça do desgraçado do político?
- “Eu quero que esse povo se exploda. Quando a tragédia vitimar a sua família, eu já me elegi, já fiz o meu pé de meia com a política, já acumulei patrimônios e já garanti o futuro da minha família. Dane-se o povo”.
Não há punição para esses canalhas, porque sempre tem um advogado, um juiz ou um desembargador para livrar as suas caras; então eles continuam a fazer as mesmas coisas. Leonel Brizola, na sua demagogia exacerbada, foi o grande responsável, ou irresponsável, pela proliferação das favelas em tudo quanto é canto do Rio de Janeiro, fazendo da cidade maravilhosa aquilo que é hoje, deixando-a numa situação irreversível. Por pouco um dos cartões postais do Rio, o aterro do Flamengo, não está hoje ocupado por favela. Um desses demagogos, sem vergonha, fez algo semelhante, em Brasília, permitindo que fizessem uma favela numa das áreas mais nobres da capital federal, exatamente no trajeto entre o palácio do planalto e o palácio da alvorada, proporcionando uma das cenas mais horrorosas que eu já vi, uma fedentina desgraçada, num cenário triste. Ainda bem que governantes, que vieram depois, conseguiram retirar aquela palhaçada dali, antes que construíssem grandes alvenarias. Mas... e a classe média, Alamar, como fica nisso? Essa é a maior vítima de tudo isto. É ela, você e eu, que é apertada pelos fiscais, pela indústria das multas e das extorsões, pelas taxas disto e taxas daquilo, pelos roubos dos DETRANS (Departamento de Extorsão no Trânsito), para pagar os altos impostos dos combustíveis mais caros do mundo, da TV por assinatura mais cara do mundo, pela internet mais cara do mundo, pela telefonia mais cara do mundo, a maior carga tributária do mundo e ter que ficar calada em relação a todo esse festival e demagogia que está havendo aí. Estão divulgando que o Brasil está numa situação maravilhosa, do ponto de vista econômico. Maravilha econômica, onde? Pergunto: Você, que está me lendo, está mesmo desfrutando de alguma maravilha econômica? Talvez sejam somente você e eu que não estamos achando tudo maravilhoso. Tudo bem, então faça um teste, para não tirar conclusão nenhuma por este artigo: Entreviste os seus parentes, vizinhos, amigos, colegas de trabalho e pergunte se eles estão mesmo vivenciando alguma maravilha econômica. Caso todos digam que sim, pode me mandar um e-mail dizendo que eu estou totalmente equivocado, neste conceito, e fora da realidade. Para as pessoas que estão recebendo, do governo, bolsa família, salário reclusão, camisinha, etc... procure despertá-las para a realidade e pergunte-as:
“Sinceramente, você está vendo, de fato, alguma melhora no sistema de saúde pública da sua cidade? Está vendo alguma melhora real nos colégios que os seus filhos estudam? Os professores estão sendo, de fato, melhores remunerados, para poderem proporcionar educação de nível melhor? As carteiras dos colégios estão melhores que as de antigamente? As salas estão mais iluminadas? O nível do ensino melhorou ou piorou em relação a épocas passadas? Diante do que você me responder, tire a conclusão: Você vê, de fato, algum futuro promissor para o seu filho? Se na sua casa tiver algum aposentado ou pensionista, pergunte se ele está feliz com a forma como os governantes o estão tratando, com respeito às suas pensões ou aposentadorias. Quando você precisa de um serviço público de saúde, que tipo de atendimento você tem?”
Eu não estou fazendo nenhum discurso contra PT, PSDB nem contra “P” nenhum, estou tentando, apenas, pedir que as pessoas reflitam em relação a todos eles, porque são todos farinha do mesmo saco. A demagogia desastrosa que falo, no artigo, não se verifica apenas no âmbito federal, sob o governo do PT não, ela está também nos estados e municípios governados pelo PMDB, PTB, PSDB... e todos os partidos que, sabendo ter dado certo o sistema da estratégia da esmola para pobre, estão aplicando como a melhor estratégia. O horário político obrigatório está aí para todo mundo ver, na televisão, onde, quem não é cego e nem surdo, pode verificar o festival de demagogias e palhaçadas prometidas e muita gente acredita. Será que o Brasil vai cometer a mesma burrice de reeleger os mesmos pilantras? O que fazem com os aposentados e pensionistas, por quase uma década, é um crime, porque é um roubo cruel e vergonhoso. Quem passou mais de trinta anos trabalhando e recolhendo para a previdência social, acreditando que, por ser instituição federal, necessariamente seria instituição séria e segura, hoje vive uma decepção que nunca imaginou que acontecesse, ao ver os seus ganhos reduzidos a cada ano. Quem contribuiu durante anos para ter uma aposentadoria na faixa de 8 salários mínimos, por exemplo, hoje ganha menos de 2 e, com o andar da carruagem, ganhará menos ainda nos próximos anos. Mas, porque fazem isto com os aposentados? Por que eles são idosos, são minoria, muitos não votam mais, pela idade avançada, outros não comparecerão às urnas porque estão doentes ou com dificuldades de locomoção e muitos morrerão até as eleições, por conta da idade... enfim, a estratégia é massacrá-los. Será que não é hora de você, que não é idoso ainda, começar a se preocupar com o que estes canalhas da política vão fazer contigo, também, quando a sua idade avançar mais?
Temos que mudar o país, este ano
Não podemos deixar que a interminável corrupção, a impunidade dos políticos ladrões e a safadeza generalizada da política continuem. TEMOS QUE DAR UM BASTA. Pelo amor de Deus e por amor à Pátria, dispamo-nos das rotulações partidárias e sejamos mais seletos em relação AOS HOMENS, independente de partidos. Ter um partido, como se fosse Flamengo, Vasco, Corinthians, Palmeiras, Cruzeiro, Atlético, Grêmio, Inter... etc... é burrice, é coisa de gente irracional. Se os partidos fossem fiéis aos seus manuais de intenções, tudo seria uma maravilha, mas não são. Todos eles são envolvidos com as mais sórdidas safadezas, conveniências e querem sempre estar ao lado do "quem dá mais". Será que você não está vendo as negociatas sem vergonha, que cada um está fazendo, para decidir a quem vai apoiar na próxima eleição para presidente? Selecionemos HOMENS E MULHERES DECENTES, para a eleição e até a reeleição já que, por incrível que pareça, tem também gente séria e digna no poluído universo político. É fácil, demais, a gente checar isto; basta que investiguemos a vida de cada um, sem fanatismo partidário, verificando as origens dos patrimônios acumulados. Votar em candidato porque torce para o time que eu gosto, porque é adepto do rótulo religioso que eu participo, porque já é político tradicional da minha região, porque é preto ou branco, porque isto e porque aquilo... é burriceeeeeee! Se apresentar, no Rio, como Flamenguista e em São Paulo, como Corinthiano é uma estratégia sem vergonha muito manjada, que muitos espertalhões utilizam, porém, no fundo, sem a menor afinidade com nenhuma dessas bandeiras, já que a sua única bandeira é o seu bolso. Usar o nome de Jesus e sair fazendo citações bíblicas, para impressionar evangélicos, é outra estratégia manjada. Cuidado com o horário político da televisão, porque ali não existe verdade nenhuma, só existem máscaras e maquiagens, produzidas pelas agências de publicidades, que fazem de tudo para fazer canalhas aparecerem como bonzinhos, corruptos filmados em morros e favelas abraçados com pobres, para dar impressão a você de que eles têm alguma atividade habitual naquele local. Votar num preto, só pela alegação de que temos que ter um presidente negro, é burrice, se o negro não for de fato competente e capaz de conduzir a Nação. Votar numa mulher, só pela alegação de que temos que experimentar uma mulher na presidência, é também burrice, se essa mulher não for de fato competente e ter condições para governar. O mesmo é o argumento de ter que botar um evangélico, porque temos que ter um presidente evangélico; um homossexual, porque um segmento acha que tem que ter um presidente homossexual; um militar, só porque precisamos ter outro militar; um ex-terrorista, só porque temos que botar um que foi oposição a regimes antigos e todas essas argumentações, é burrice da grossa. Para brasileiros que raciocinam, tem juízo, respeito pelo futuro da sua família e pela dignidade do seu país, só os fatores abaixo são relevantes para eleger um futuro presidente para o país:
Que as inteligências dos que lêem este e-mail, tirem as suas conclusões.
Por um Brasil mais decente.
Alamar Régis Carvalho Analista de Sistemas, Escritor, ator, profissional de televisão. Criador da idéia do Partido Vergonha na Cara - www.partidovergonhanacara.com |